segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Férias X Viagem segura

Dezembro e janeiro são os meses de férias escolares. Pais pedem férias no trabalho para coincidir com as férias dos filhos e poderem viajar com a família. É cada vez maior o número de pessoas que viajam para fora do país e também para diferentes estados do Brasil. O ecoturismo continua crescendo no país e é escolha freqüente não só da população jovem, que sai com a mochila nas costas, mas, também de pessoas de mais idade que vão, por exemplo, fazer pescarias no Amazonas ou no Pantanal.


Países do primeiro mundo como os da Europa e Estados Unidos, que dão para o viajante a impressão de serem seguros, têm apresentado nestes dois últimos anos importantes epidemias de doenças preveníveis por vacinas como sarampo, coqueluche, gripe.

O viajante deve ter em mente que para ter uma viagem segura e prazerosa ele deve buscar informações sobre o local (ou locais) do destino e tomar conhecimento dos riscos para que ele possa se proteger. Os elementos-chave mais importantes para determinar o risco estão relacionados com: destino da viagem, tipo de hospedagem, saneamento básico, manipulação adequada dos alimentos, duração da viagem, estação do ano, comportamento e estilo de vida do viajante.

Os países a serem visitados podem ter características muito diferentes do país de origem do viajante, tais como, temperaturas extremas, grandes altitudes, ambientes de florestas e matas, saneamento deficiente e diferentes micro organismos – vírus e bactérias.etc. Além disso, os países passam, em determinados períodos, por epidemias de doenças infecciosas que na maioria das vezes podem ser prevenidas por vacinas.

Ao procurar um serviço de Medicina de Viagem para orientação, muitos riscos podem ser evitados ou minimizados se algumas precauções forem tomadas antes e durante a viagem.

Principais cuidados:

1 - VACINAS:

Não existe um esquema simples para imunização dos viajantes. Cada esquema deve ser personalizado e adequado de acordo com a história de vacinação, com os países a serem visitados, com o tipo e duração da viagem e com o tempo disponível antes da viagem.

Em primeiro lugar, a pessoa que viaja deve estar com seu esquema vacinal de rotina atualizado:
vacinas habituais, como a tríplice bacteriana (tétano,difteria,coqueluche), tríplice viral (sarampo,rubéola, caxumba), hepatite B, influenza, varicela, devem ser checadas e se necessário atualizadas.

A única vacina obrigatória internacionalmente é a da Febre Amarela, porém nem todos os países a exigem. O comprovante da vacina deve ser levado à ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) onde é emitido o Certificado Internacional de Vacinação contra Febre Amarela. No Rio de Janeiro, o posto da ANVISA situa-se no Aeroporto Antonio Carlos Jobim (Galeão) e funciona 24 horas.

De grande importância são as vacinas recomendadas de acordo com o destino da viagem: febre tifóide, hepatite A, cólera, poliomielite, meningite, raiva.

Novas vacinas como a quádrupla conjugada contra meningite (A,C,W135e Y) e a quádrupla contra difteria, tétano, coqueluche (acelular adulto) e poliomielite inativada, já comercializadas no Brasil, são extremamente úteis para pessoas que viajam para locais onde a meningite e a poliomielite são endêmicas ou epidêmicas.

As férias escolares no Brasil coincidem com a estação de inverno no Hemisfério Norte, que também é a estação da Influenza (gripe). É importante estar vacinado contra gripe.

- DOENÇAS TRANSMITIDAS POR INSETOS – Malária, Febre Amarela, Dengue, Febre Maculosa, etc.
Para a malária, doença grave, não existe vacina. Dependendo do tempo que o viajante vai permanecer no local de risco, das condições de alojamento (hotel com ar condicionado, acampamento, casa de família, etc.), se vai ficar em área urbana ou rural, do tipo de atividade, pode ser necessário o uso de medicamento profilático durante a viagem. (www.prophylaxis.com.br- serviço de medicina de viagem-artigo-“Malária”).

Muito importantes são as orientações sobre como se proteger de picadas de insetos que transmitem doenças como a febre amarela, malária, dengue e outras, conhecendo o uso de repelentes apropriados, roupas adequadas, mosqueteiros e outros cuidados.

- DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ÁGUA E ALIMENTOS - Igualmente importantes são os cuidados com: alimentos, água de consumo e hábitos de higiene pessoal, evitando assim a famosa “diarréia dos viajantes”, a hepatite A e outras doenças transmitidas por água e alimentos contaminados.
Procure um Serviço de Medicina de Viagem que vai orientar o viajante em relação a cuidados para qualquer local de destino, permitindo assim uma viagem de férias sem transtornos.

Consulte neste blog matéria mais antiga sobre "Viagem segura com crianças"
P.S. Publicado originalmente pela autora no site http://www.prophylaxis.com.br/

domingo, 20 de novembro de 2011

E eu doutor, que vacina devo tomar?

Com certa freqüência, os noticiários mostram doenças infecciosas que se consideravam próprias da infância acometendo adultos, muitas vezes com gravidade e até levando ao óbito. A maioria destas doenças é prevenível por vacinas.

Muito raramente os médicos que atendem adultos perguntam pelo estado vacinal do seu paciente ou indicam aplicação de vacinas.

Algumas vacinas necessitam ser repetidas em intervalos regulares, como as do tétano e da difteria, que com o tempo vão perdendo a capacidade de proteção e a cada 10 anos devem ser renovadas.

É comum o adulto ter dúvidas se teve a doença, ou se tomou a vacina. Cadernetas de vacinação geralmente são perdidas e não existe no seu prontuário médico, ao contrário do prontuário da criança, qualquer informação sobre vacinas.

Doenças, como o sarampo, têm atingido países do primeiro mundo e contaminado adultos não vacinados que viajam e trazem o risco da reintrodução do vírus, que no Brasil já está sendo considerado eliminado.

A coqueluche tem feito vítimas fatais em crianças muito pequenas ainda não vacinadas ou com vacinação incompleta e estudos mostram que a transmissão para estas crianças se dá principalmente por intermédio de pais, irmãos adolescentes, avôs e babás.

A Hepatite B, depois de muitas campanhas gerenciadas pelo Ministério da Saúde apontando a transmissão sexual, talvez seja a vacina que mais os adultos informam terem recebido. Também foi realizada no Brasil, em 2007, a campanha de vacinação contra a rubéola para o adulto jovem que apesar de grande resistência, alcançou muito boa cobertura, mas dificilmente este jovem guarda consigo o comprovante ou sabe informar qual vacina tomou.

A vacina da gripe e a vacina tríplice bacteriana acelular do adulto, dTap (difteria, tétano e coqueluche) tem importante recomendação para mulheres grávidas.

O Brasil, devido à cobertura vacinal obtida com a “campanha nacional de vacinação contra influenza”, passou pela estação da gripe (inverno) sem maiores problemas, enquanto que no hemisfério norte (EUA e Europa), onde a cobertura foi baixa, ocorreu no inverno de 2010/2011 epidemia de influenza com casos graves e óbitos, principalmente em gestantes, crianças pequenas e adultos jovens.

Esperamos atingir um tempo em que o médico clínico internalize a necessidade de deter o conhecimento sobre vacinas e de proteger os seus pacientes com a simples indicação de uma vacina.

Investimentos baseados em informação e divulgação para o público adulto sobre a necessidade e a importância das vacinas para esta faixa etária, talvez possa mudar este quadro invertendo o paradigma, quando o paciente surpreenderá seu médico com a pergunta: Doutor qual é a vacina que devo tomar hoje?
PS - Publicado originalmente pela autora no site:www.prophylaxis.com.br

terça-feira, 23 de agosto de 2011

PERGUNTAS COMUNS QUE OS PAIS FAZEM SOBRE VACINAÇÃO DOS FILHOS


1)É bom para o meu filho tomar tantas vacinas num só dia?
R- Sim. Estudos mostram que o organismo das crianças pode assimilar muitas vacinas ao mesmo tempo. É seguro receber várias vacinas de uma vez, mesmo para o recém nascido. A combinação de vacinas protege seu filho contra mais de uma doença com uma simples aplicação.
Atualmente há um número maior de aplicações do que há alguns anos atrás. Isto acontece porque com o avanço da ciência nós somos capazes de proteger seu filho contra um maior número de doenças do que antes.

2)Os lactentes têm uma imunidade natural?
R- Os bebês têm uma proteção (anticorpos) temporária, adquirida da mãe nos últimas semanas de gravidez, mas somente para as doenças que a mãe já teve e está imune, porém, estes anticorpos duram apenas alguns meses, deixando a criança vulnerável a doenças.

3)Nós já não temos a maioria das doenças controladas no nosso país? Por que continuar na vacinação contra estas doenças?
R- Graças às vacinas, a maioria das doenças preveníveis por vacinas estão sob controle no país. Porém, doenças já bem controladas ou consideradas eliminadas em nosso país continuam ocorrendo em outros países e podem ser reintroduzidas. Poucos casos podem se transformar rápidamente em centenas ou milhares de casos se pararmos de vacinar. Crianças que não estão completamente vacinadas podem ficar seriamente doentes e disseminar para a comunidade.

4)Posso esperar até que meu filho entre na escola para atualizar as vacinas?
R- Não espere para proteger seu filho do risco destas doenças quando ele precisa de proteção agora. É mais fácil manter as vacinas atualizadas do que esperar situações que demandem vacina. Acompanhe pelo calendário infantil (www.prophylaxis.com.br) as vacinas que devem ser aplicadas de acordo com a idade do seu filho.

5) Por que meu filho precisa fazer a vacina contra a catapora? Ela não é uma doença leve?
R-A catapora ou varicela evolui de forma benigna na maioria das crianças, porém, algumas complicações podem acontecer. A catapora pode se transformar em uma doença grave se as lesões forem contaminadas, além de outras complicações. Estudos nos EUA mostram que 1 entre 500 crianças são hospitalizadas por catapora e que algumas podem até evoluir para óbito.

6) Meu filho está doente agora. Posso levá-lo para vacinar?
R- Crianças podem ser vacinadas se apresentarem uma doença leve como um resfriado comum, dor de ouvido, febre baixa ou diarréia leve. Converse com o médico antes da vacinação e exponha suas dúvidas.

7) Se atrasar uma dose da vacina é necessário iniciar novamente o esquema?
R- Não. O esquema deve ser continuado com a dose que deveria ter sido aplicada, tipo 2ª ou 3ª dose ou dose de reforço. A dose anterior não perde o efeito e a conduta é dar continuidade ao esquema.

P.S. Publicado originalmente pela autora no site www.prophylaxis.com.br

terça-feira, 26 de julho de 2011

SARAMPO - ATENÇÃO PARA O AUMENTO DO NÚMERO DE CASOS IMPORTADOS.

Sarampo é uma doença altamente contagiosa que pode levar a sérias complicações e a morte. Após exposição, aproximadamente 90% dos suscetíveis desenvolvem a doença, pondo em risco outras pessoas da comunidade.


As Américas foram consideradas livres de circulação do vírus do sarampo após amplas campanhas de imunização contra o sarampo. Porém, eventualmente vem ocorrendo casos importados que têm mostrado uma tendência crescente.

Nos EUA uma média de 56 casos importados tem sido notificada ao CDC, anualmente. Porém, de 1º de janeiro até 17 de junho de 2011, já foram notificados 156 casos confirmados. Destes, 136 (88%) são casos importados de países endêmicos ou de países com importantes epidemias. Estes casos envolvem pessoas residentes nos EUA não vacinadas, pessoas que viajaram recentemente para o exterior, visitantes não vacinados e pessoas ligadas a estes casos importados.

Doze surtos ocorreram ligados a estes casos (47% dos 156 casos). A transmissão ocorreu em domiciliares, creches, escolas, unidades de emergência e um grande surto em comunidade: 21 pessoas em Minesotta, onde muitas crianças não eram vacinadas, incluindo 24 que os pais alegaram razões religiosas ou pessoais (dúvidas dos pais em relação a segurança da vacina tríplice viral).

Do total de casos, 133 (85%) não eram vacinados ou não tinham documentação do estado vacinal. Dos 139 casos de residentes no país, 86 (62%), eram nãovacinados, 30 (22%) não tinham documetação do estado vacinal, 11 (8%) tinham recebido uma dose de tríplice viral, 11 receberam 2 doses e 1 recebeu 3 doses documemntadas.

A faixa etária dos casos foi de 3 meses até 68 anos, assim distribuídos:

• menor de 1 ano- 15%
• de 1 a 4 anos- 20%
• de 5 a 9 anos – 19%
• maior de 20 anos -45%

A taxa de hospitalização foi maior em crianças com mais de 5 anos e adultos.

Esta taxa anormal de importações nos 6 primeiros meses está relacionada ao aumento do sarampo em países visitados pelos viajantes.

As fontes mais importantes estão em países da Europa e do Sudeste da Ásia. Este ano, 33 países da Europa notificaram um aumento de sarampo. A França está tendo a experiência de uma epidemia com aproximadamente 6.500 casos notificados durante os 4 primeiros meses de 2011, incluindo 12 casos de encefalite, 360 casos de sarampo grave com pneumonia e 6 óbitos.

No Brasil, nos 4 primeiros meses, ocorreram:

• Rio de Janeiro- 2 casos da mesma família, importados da França;

• Campo Grande (Mato Grosso do Sul)- um caso proveniente da França;

• Rio Grande do Sul – 16 casos suspeitos, 5 sob investigação e 2 confirmados no Município de Viamão: 1º caso teve contato com o caso de Campo Grande num meio de transporte e o 2º caso teve contato com o primeiro caso de Viamão no consultório particular.

Este relato nos fala da necessidade de manter altas taxas de cobertura vacinal com a vacina tríplice viral (sarampo, rubéola, caxumba), haja vista, a facilidade de entrada de casos importados de outros países, inclusive do primeiro mundo, que continuam endêmicos para o sarampo.

Fonte: Notas técnicas da Secretaria de Vigilância em Saúde/ MS (jan a maio/2011)

IAC (Immunization Action Coalition)/-Extra edition - julho de 2011

CDC reports:156 measles cases across the U.S. in 2011
PS-Publicado originalmente pela autora no site: www.prophylaxis.com.br

VIAGEM DE FÉRIAS – BOA OPORTUNIDADE PARA ATUALIZAR VACINAS DE ROTINA

Viajar é uma boa oportunidade para que os profissionais de saúde avaliem o estado imunitário de bebês, crianças, adolescentes e adultos.

Os viajantes devem ser aconselhados a verificar se foram totalmente vacinados contra sarampo, rubéola, caxumba, difteria, tétano, coqueluche e poliomielite antes de iniciar sua viagem.

Não existe um esquema simples para imunização dos viajantes. Cada esquema deve ser personalizado e adequado de acordo com a história de vacinação, com os países a serem visitados, com o tipo e duração da viagem e com o tempo disponível antes da viagem. Mas, em primeiro lugar, a pessoa que viaja deve estar com seu esquema vacinal de rotina atualizado.

Após a vacinação, a resposta imune do indivíduo vacinado será máxima num período que varia com a vacina, o número de doses necessárias e se o indivíduo tinha sido vacinado previamente contra a mesma doença.

É recomendado para o viajante visitar um serviço de medicina de viagem no periodo de 4 a 8 semanas antes da viagem, de maneira que possa haver tempo suficiente para que os esquemas sejam completados. Contudo, mesmo que a partida seja iminente, ainda haverá tempo para alguma vacinação e para as orientações.

PS- Publicado originalmente no site:www.prophylaxis.com.br

sábado, 18 de junho de 2011

EPIDEMIA DE E.COLI NA EUROPA

Está ocorrendo na Europa uma epidemia de E.coli com um número importante de casos (mais de 3.000) e óbitos (35). Os primeiros casos foram notificados e maio de 2011.
A doença é causada pela bactéria Escherichia coli O 104:H4, produtora da toxina Shiga e leva à Siíndrome Hemolítico Urêmica (HUS).
A ocorrência da maioria dos casos está restrita ao norte da Alemanha, principalmente Bremen, Hamburgo, Saxonia e Schleswig-Holstein. Alguns casos foram notificados em outros países da Europa ( Dinamarca, Noruega, Espanha, Suécia e Reino Unido), porém, exclusivamente de pessoas que viajaram para o norte da Alemanha. Estados Unidos e Canadá também notificaram casos associados a viagens para Alemanha.
A maioria dos casos ocorreu em adultos com predomínio em mulheres.
A Síndrome Hemolítico Urêmica (HUS) é doença grave que pode levar a complicações fatais. É caracterizada por falência renal e anemia.
Essa cepa já foi registrada em outros momentos, mas não em surtos desta proporção. Neste surto há predomínio dos casos em adultos e os alimentos possivelmente envolvidos são de origem vegetal.
Sintomas: Caimbras abdominais e diarréia que evolui para diarréia sanguinolenta. A febre não costuma ser muito alta . HUS geralmente ocorre após alguns dias (3 a 6 dias ) quando a toxina chega à corrente sanguínea e causa um conjunto de alterações: anemia hemolítica, trombocitopenia, e nefropatia aguda que leva à insuficiência renal.
Transmissão: Étransmitida de pessoa a pessoa por via fecal-oral. Os sintomas geralmente aparecem 2 a 10 dias após a exposição.
As primeiras informações davam conta que a epidemia estaria associada a produtos vegetais contaminados (pepinos, tomates e alface).
Atualmente sementes germinadas (brotos de feijão, lentilha, etc.) foram identificadas como a possível causa desta epidemia. Autoridades Sanitárias da Alemanha recomendam que a população evite comer brotos de feijão crus de qualquer origem no país.

Recomendações aos viajantes que se dirigem à Alemanha:


  • Faça uso de alimentos seguros: evite alimentos crus, sementes germinadas cruas.

  • Água - somente industrializada.

  • Lave as mãos com frequência.

  • Ao voltar da viagem , se apresentar diarréia com sangue e/ou caimbras abdominais, procure imediatamente um atendimento médico e informe-o de sua viagem recente.
PS- Publicado originalmente no site:www.prophylaxis.com.br

sábado, 30 de abril de 2011

O que há de novo sobre a vacina da influenza nesta estação 2011

Quem deve receber a vacina nesta estação?
Todas as pessoas de seis meses e mais devem receber a vacina anual. Esta é uma nova recomendação do Comitê Assessor de Práticas de Imunização (ACIP/CDC/EUA) que votou pela expansão da faixa etária, possibilitando assim vacinar um maior número de pessoas.

Por que desta recomendação?
A intenção é remover barreiras para a vacinação da influenza, como a dificuldade de definir a indicação específica para vacinação. Esta estratégia visa proteger o maior número de pessoas contra a doença.
A decisão é sustentada pelo conhecimento de que a vacina é segura e efetiva com benefício potencial para todos os grupos etários. Mesmo adultos saudáveis, sem riscos identificados previamente, podem sofrer complicações da influenza.
Estudos americanos identificaram novos grupos com risco de sérias complicações em indivíduos com obesidade mórbida, nativos do Alaska e indios americanos.

Existe necessidade de receber duas vacinas nesta estação?
Não. Este ano a vacina produzida protege contra os tres vírus apontados pelas pesquisas, sendo um deles, o A/H1N1 que no ano passado foi aplicado separadamente.
Crianças de 6 meses a 8 anos completos que nunca receberam a vacina sazonal devem receber duas doses da vacina com intervalo mínimo de 4 semanas.

Esta vacina sazonal protege contra quais vírus?
A vacina da influenza é atualizada a cada ano de acordo com as pesquisas que indicam os vírus que vão circular na próxima estação.
A vacina atual protege contra o vírus A/H1N1 que causou tantos danos na última estação e contra dois outros vírus : A/H3N2 e influenza B.

Devo receber a vacina mesmo se eu recebi a vacina H1N1 em 2010, porém mais tarde, isto é já fora da estação da gripe 2010?
Sim. A vacina é atualizada em cada estação para dar proteção contra os vírus que causam mais doença indicados pelas pesquisas. A vacina 2011 dá proteção para mais dois vírus que não estavam incluídos na vacina A/H1N1 em 2010.
Se você não tomar a vacina sazonal você não estará protegido contra os três principais vírus que circulam nesta estação.

Observação- O Programa Nacional de Imunizações (PNI/MS) expandiu também a população alvo para vacinação sazonal incluindo, além dos idosos, grupos de risco como crianças de 6 meses a 2 anos, gestantes, profissionais de saúde, população carcerária e população indígena. Esta estratégia é perfeitamente compreensivel pela enorme quantidade de vacinas necessárias para vacinar uma população tão grande como a do Brasil e gratuitamente. Se fosse adotada a recomendação de vacinação universal dificilmente haveria produção de vacinas que cobrissem a necessidade do país.

PS- publicado originalmente pela autora no site http://www.prophylaxis.com.br/

quinta-feira, 24 de março de 2011

Proteção individual contra dengue. Por que não?

Estamos em plena estação do dengue. O número de casos notificados no município do Rio de Janeiro nestes 2 meses e 23 dias do ano de 2011(9.152) já é 3 vezes maior do que o total de casos ocorridos durante todo o ano de 2010. O vírus predominante é o vírus 1. Casos graves e óbitos vem ocorrendo inclusive em crianças.
Toda vez que um viajante se dirige para o Brasil ou para outros países onde ocorre dengue ou outra doença transmitida pela picada de mosquitos como febre amarela, malária e muitas outras, ele recebe orientação para se proteger da picada do inseto. De que maneira? Ele é aconselhado a usar roupas claras, blusas com mangas compridas se possível, calças compridas, calçados fechados (tipo tenis) com meias de preferência na cor branca. Também é recomendado com muita ênfase o uso de repelentes nas partes expostas.
Já existe no Brasil repelente de Icaridina, aprovado pela ANVISA, sob a forma spray e creme que dá proteção eficiente durante 10 horas. O repelente sob a forma de spray pode tanbém ser aplicado nas roupas, principalmente calças compridas. Produtos repelentes que usam o DEET também são eficientes porém, apresentam proteção num tempo bem menor.
Nos Estados Unidos onde ocorre sazonalmente casos de Febre do Oeste do Nilo que é uma doença também transmitida por mosquitos, a orientação é proteção com vestes adequadas e repelentes.
Em 2008, na maior epidemia já ocorrida no Rio de Janeiro (dengue 2), a Secretaria Municipal de Saúde orientou à Secretaria Municipal de Educação que recomendasse aos pais a proteção individual das crianças, isto é, roupas adequadas e repelentes. Também foram feitos folders com estas orientações tanto para crianças como para adultos.
Por que pessoas que viajam para o Brasil são orientadas a seguir as medidas de proteção individual e a população do Brasil não recebe esta orientação que não faz parte do programa de controle do dengiue? Por que não incentivar a midia no sentido de divulgar a proteção individual?
Além das medidas de controle do mosquito através dos métodos clássicos e já bastante conhecidos que envolvem população e órgãos públicos e que até hoje não foram capazes de impedir a ocorrência de casos de dengue devido à grande complexidade das estruturas urbanas e ao tipo de clima (tropical), a população deve ser orientada sobre as medidas de proteção individual.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Desastres naturais - Chuvas fortes,Enchentes e Desllisamentos

Neste mês de janeiro, três municípios do Estado do Rio de Janeiro (Friburgo, Teresópolis e Petrópolis) se viram assolados por chuvas fortes, que causaram um desastre natural gravíssimo como nunca tinha ocorrido no Brasil, com enchentes e deslizamentos de terra com um número enorme de vítimas.
As enchentes dão como conseqüência doenças infecciosas transmitidas pela água e alimentos contaminados, principalmente Leptospirose, Hepatite e Diarréias. Destas, a que traz maior preocupação é a Leptospirose, a mais grave, que em enchentes ocorridas em 1988 e 1996 causou epidemias importantes no Rio de Janeiro.
A transmissão da leptospirose se dá através do contato da pele lesada com a água e a lama das enchentes contaminadas por uma bactéria chamada leptospira. Esta bactéria é eliminada na urina de animais, principalmente ratos nas áreas urbanas e pode permanecer no solo por um período prolongado. Quando ela penetra na pele atinge vasos sanguíneos e vai produzir doença infecciosa que, numa proporção de aproximadamente 30%, causa doença grave.
Aproximadamente 70% dos casos evoluem de forma benigna e apresentam os seguintes sintomas: febre, dor de cabeça, prostração, dor muscular, principalmente na panturrilha, náuseas, vômitos e às vezes diarréia. Estes casos não apresentam icterícia.
Os casos que evoluem com gravidade têm início semelhante, porém, no 4º ou 5º dia, apresentam comprometimento do fígado (icterícia), comprometimento renal (insuficiência renal) e podendo dar também comprometimento pulmonar de alta gravidade (hemorragia pulmonar).
O tratamento de casos benignos e graves é feito com antibióticos.
O diagnóstico laboratorial consiste de sorologia e cultura.
Pessoas que apresentam os sintomas iniciais e história de ter contato com água de enchente devem ser medicadas com antibiótico, mesmo antes do resultado laboratorial.
Pela experiência com outras enchentes importantes como as que ocorreram em 1988 e 1996, observou-se que a ocorrência de hepatite A é pequena não chegando a produzir epidemia e as diarréias aumentam de incidência.
Existe uma grande preocupação em relação à qualidade da água e à manipulação dos alimentos.
Outro fato importante é que as pessoas nestas ocasiões podem se ferir durante o sinistro ou ao proceder a limpeza da casa ou remover lama e escombros, facilitando assim a contaminação pelo bacilo tetânico e a ocorrência do tétano. A vacina anti tetânica é de extrema importância nestas situações, haja vista que os adultos esquecem de atualizá-la a cada 10 anos.
Cuidados importantes:
1- Em situações de chuva abundante com ocorrência de alagamentos, se estiver em lugar seco e seguro, aguarde a chuva melhorar e as águas baixarem.
2- Se por questões de segurança for imperioso entrar na água, não retire o calçado dos pés; se houver oportunidade envolva sacos plásticos nos pés e pernas.
3- Ao limpar a casa, calçadas ou ruas use de preferência, luvas e galochas ou na falta delas envolva mãos, pernas e pés com sacos plásticos duplos.
4- Se houver suspeita que a água de consumo está contaminada utilize água fervida ou água clorada (para 1 litro de água 2 gotas de água sanitária; deixar repousar durante meia hora antes de utilizar).
5- Verifique seu estado vacinal em relação a anti-tetânica. Doses de reforço a cada 10 anos é o recomendado.
6- Se surgirem sintomas como febre e dor muscular procure imediatamente atendimento médico e informe o contato com enchentes.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Viagem segura com crianças


Capítulo VIII - EXPOSIÇÃO AO SOL

Exposição ao sol e particularmente queimaduras solares antes da idade de 15 anos estão fortemente associadas com melanoma e outras formas de câncer de pele.
Exposição à luz ultra violeta é maior em áreas perto do equador, em locais de altas altitudes, no horário de 10 às 16 horas e quando a luz está refletida na água e na neve.
Protetores solares são recomendados para uso em crianças com mais de 6 meses de idade. Filtros solares ou bloqueadores solares, sejam físicos (titânio ou óxido de zinco) ou químicos, com um mínimo de SPF 15 e garantindo proteção para ambos fatores UVA e UVB, devem ser aplicados diretamente na pele e reaplicados após suar e exposição a água.
Crianças com menos de 6 meses de idade precisam de proteção extra por causa da pele mais fina e mais sensível.
Queimadura severa nesta idade é considerada emergência médica.
Bebês devem ser mantidos na sombra e com roupas cobrindo seu corpo.
Existem blusas bloqueadoras solares que dispensam passar o protetor solar no tronco inteiro.
Chapéu e óculos escuros reduzem injúria solar à pele e olhos.
Se ambos, protetor solar e repelente de insetos necessitam ser aplicados simultaneamente a eficácia do protetor solar fica diminuída em um terço, e é aconselhável que a criança use uma roupa que cubra mais o corpo ou então diminuir o tempo de exposição ao sol.

PS- Publicado originalmente pela autora no site: www.prophylxis.com.br

Viagem segura com crianças


Capítulo VII - VIAGENS AÉREAS
Embora viagens aéreas sejam seguras para recém-nascidos, lactentes e crianças, alguns pontos devem ser considerados na programação e preparação da viagem.
• Crianças com problemas crônicos do coração ou do pulmão têm risco de hipóxia durante o vôo e o médico assistente deve ser consultado antes da viagem.
• Ter segurança de que a criança está firmemente contida durante um vôo. Turbulência intensa ou um acidente não fatal podem criar situações nas quais os pais não conseguem segurar a criança.
• crianças menores de 1 ano e pesando menos de 9 kg devem ser colocadas em um assento seguro especial aprovado pelo órgão responsável.
• crianças maiores de 1 ano pesando entre 9 e 18 kg devem ser colocadas em um assento seguro especial aprovado pelo órgão responsável.
• quando atingem mais de 18 kg podem ficar seguros no assento normal do avião, sempre com cinto de segurança.
• É comum acontecer dor de ouvido intensa durante a descida do avião. Equalização da pressão do ouvido médio pode ser facilitada no ato de mastigar ou engolir.
• lactentes devem amamentar ou sugar uma mamadeira.
• crianças maiores podem chupar balas ou mascar chicletes.
Não há evidências de que viagens aéreas exacerbem os sintomas ou complicações associadas a otite média.
• Viajar para países diferentes, jet lag e mudanças dos esquemas, podem causar distúrbios do sono e irritabilidade. Ao chegar ao local de destino, a criança deve ser estimulada a ter atividades externas durante as horas claras do dia para promover adaptação.

PS- Publicado originalmente pela autora no site: http://www.prophylaxis.com.br/

Viagem segura com crianças




Capítulo VI - ACIDENTES

RELACIONADOS A VEÍCULOS: são a principal causa de morte em crianças que viajam.
• Viajando em carros ou outros veículos, crianças com menos de 18 kg devem ficar acomodados em assentos de carros apropriados para crianças. Estes assentos devem ser levados de casa pela família, para garantia de que sejam bem mantidos e dentro das normas aprovadas.
• Crianças estão bem mais seguras quando sentadas no banco de trás.
• O cinto de segurança, de grande importância para a proteção, pode não constar em carros de alguns países.
AFOGAMENTO: É a 2ª causa mais freqüente de morte nos pequenos viajantes. Crianças podem não estar familiarizadas com as ameaças nos oceanos e rios. Piscinas podem não contar com pessoal treinado para qualquer eventualidade de risco de afogamento.
• Supervisão próxima a criança na água é essencial.
• Equipamentos apropriados para viagens de barco ou lancha, tais como, coletes salva vidas, podem não estar disponíveis em determinados países.
• Calçados adequados para proteção dos pés afim de evitar danos em ambientes marinhos.
A esquistossomose é um risco para adultos e crianças em áreas endêmicas. Deve-se evitar nadar ou brincar em rios. A transmissão se dá pela penetração do Schistossoma mansoni através da pele.

PS- Publicado originalmente pela autora no site:www.prophylaxis.com.br

Viagem segura com crianças


Capítulo V-MALÁRIA

Não existe vacina para a malária.
A prevenção se faz com medidas para evitar picadas de mosquitos e com o uso de medicamentos específicos durante a viagem quimioprofilaxia.

A atividade do mosquito que transmite a malária (Anopheles) se dá do entardecer ao amanhecer. O pico de atividade do mosquito é às 2 horas da madrugada, por isso o período de maior proteção deve ser à noite, quando as pessoas dormem.
A quimioprofilaxia não impede que a pessoa seja infectada quando picada pelo mosquito transmissor, porém, previne a evolução da doença para formas graves. Para isso o viajante deve ser orientado pelo serviço de medicina de viagem que vai avaliar os cuidados a serem prescritos levando em conta:
A) o tempo em que ele vai permanecer no local de risco.
B) as condições de hospedagem - hotel com ar condicionado ou não, acampamento, casa de parentes ou amigos, e outros.
C) permanência em área urbana com boa infra-estrutura ou em áreas rurais ou em cidades com saneamento básico deficiente.
D) tipo de atividade – safari, trilhas em matas ou florestas, etc.
Muito importante é saber se no local existe possibilidade de atendimento médico em 24h, quanto mais cedo se iniciar o tratamento maior a possibilidade de cura.
Se o viajante for permanecer longe de serviços de saúde, pode-se até indicar o auto-tratamento, isto é, ele leva consigo um kit tratamento que inicia aos primeiros sinais de febre enquanto se dirige a um local que tenha atendimento médico.

Viagem segura com crianças


Capítulo IV - PRECAUÇÃO CONTRA INSETOS.
É muito importante para prevenir doenças transmitidas por mosquitos e carrapatos como febre amarela, dengue, malária, leishmaniose, filariose, encefalite japonesa, febre do oeste do Nilo, febre maculosa, doença de Lyme, e outros, adquiridas principalmente em viagens para Ásia, África, América do Sul e América Central.
Como evitar:
• Uso de roupas adequadas: vestes claras com calças compridas, mangas compridas, tênis e meias de preferência brancas. Em locais quentes usar roupas mais leves, porém, tentar reduzir ao máximo a parte exposta do corpo.
Uso de repelentes:
• Não devem ser usados em crianças menores de 2 meses.
• Devem ser usados quando a criança sai de casa.
• Aplique somente na pele exposta.
• Deve ser aplicado primeiro nas mãos do adulto que o aplica na pele das crianças.
• Não aplique nas mãos das crianças porque elas põem as mãos na boca com freqüência. Só aplique nas áreas expostas.
• Muito cuidado ao aplicar no rosto evitando olhos e boca.
• Repelentes que contêm concentrações maiores do ingrediente ativo dão proteção de maior duração.
Estudos realizados pelo CDC apontam 2 tipos de ingredientes ativos que podem ser usados com segurança e dão longa proteção: DEET e PICARIDINA ou ICARIDINA.
Ambos não devem ser usados antes de 2 anos de idade.
• Dependendo da concentração do produto a proteção pode durar até 10 a 12 horas, No Brasil existe um repelente seguro cujo ingredeiente ativo é a Icaridina, capaz de dar proteção por 10 horas, inclusive com apresentação infantil.
• Crianças devem dormir em quartos com ar condicionado, ou com janelas e portas teladas, ou com mosqueteiros.

PS- Publicado originalmente pela autora no site http://www.prophylaxis.com.br/

Viagem segura com crianças


Capítulo III – CUIDADOS COM A ALIMENTAÇÃO

Alimentos seguros são comidas e bebidas preparadas ou servidas de forma a reduzir o risco de transmissão de doenças. Exemplo de doenças transmitidas por água e alimentos contaminados:
Gastroenterite (diarréia, vômitos), Hepatite A, Febre tifóide, Hepatite E, Cólera, Cisticercose.
São considerados alimentos seguros:
• Comida servida quente
• Bebidas industrializadas (refrigerantes, água mineral de preferência com gás).
• Bebidas fervidas: água, chá, café, leite.
Evitar:
• Comidas cruas
• Água sem identificação de origem, sucos e bebidas com gelo (evitar gelo por não se saber a origem da água).
• Comidas mesmo cozidas expostas durante longo tempo após o preparo.
• Comida em vendedores ambulantes.
• Observação: Frutas bem lavadas e descascadas por pessoa que cuida da criança representam baixo risco, desde que manipuladas adequadamente. Lavar bem as mãos com água e sabão cada vez que manipular alimentos.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Viagem segura com crianças

Capítulo II- Diarréia e Desidratação

Crianças pequenas e lactentes em viagens estão em alto risco para diarréia e outras doenças transmitidas por água e alimentos contaminados; isto se deve à limitada imunidade pré-existente da criança e a fatores ambientais tais como o contato mão/boca e visita a locais com saneamento e condições higiênicas deficientes. Crianças desidratam mais rapidamente do que adultos. Casos de diarréia acompanhada de vômitos são mais preocupantes e exigem atenção.

Sinais e sintomas de desidratação: boca seca, sede, ausência ou diminuição de saliva, ausência de lágrimas, diminuição do volume urinário, ao provocar uma prega na pele do abdômen, a mesma se desfaz lentamente ou não se desfaz (casos mais graves). Se não houver melhora torna-se necessária assistência médica imediata para hidratação venosa.
Hidratação oral
O soro oral pode ser adquirido em farmácia antes da viagem - trata e previne a desidratação e deve ser dado aos poucos na mamadeira ou na colher. Além do soro, oferecer água e outros líquidos como água de côco.
Quando ocorrer fezes com sangue, e/ou febre acima de 38,5º C e/ou vômitos persistentes deve-se procurar assistência médica, pois pode ser necessário o uso de antibióticos e hidratação venosa.
Alimentação
Não há necessidade de interromper o aleitamento materno, que é a melhor maneira de se prevenir diarréias.
Crianças maiores devem continuar a dieta normal, se não houver vômitos.
Evitar alimentos condimentados e gordurosos.

Medidas de prevenção
• Lavar com freqüência as mãos com água e sabão ou usar álcool gel a 70º são hábitos importantes para prevenir diarréias.
• Usar somente água industrializada para beber, preparar alimentos e também para escovar dentes em locais com saneamento deficiente.
• Evitar produtos frescos não pasteurizados e alimentos crus.

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Capítulo I - Vacinas

Para que a criança viaje protegida é de suma importância que as vacinas do calendário de rotina da criança estejam atualizadas. Apesar de já termos a Poliomielite (Paralisia Infantil) erradicada e o Sarampo eliminado nas Américas, ainda existem países onde estas doenças continuam ocorrendo.
Vacinas habituais, como a tríplice bacteriana (tétano,difteria,coqueluche), hemófilo, poliomielite, tríplice viral (sarampo,rubéola, caxumba), hepatite B, hepatite A, influenza (gripe), varicela devem ser checadas e, se necessário, atualizadas.
Também são igualmente importantes as vacinas recomendadas de acordo com o destino da viagem, como febre amarela, febre tifóide, cólera e diarréia causada pela Escherichia coli enterotoxigênica, meningite meningocócica, poliomielite e raiva; deve-se ainda levar em conta a vigência de surtos de doenças locais.
Vacina contra a Febre Amarela
Áreas de risco no mundo: África Sub Saariana, América do Sul e América Central.
Para deslocamentos internos no Brasil não há exigência da vacina contra a febre amarela, porém é da máxima importância que as pessoas viajem vacinadas para as áreas recomendadas pelo Ministério da Saúde.
Áreas de risco para Febre Amarela no Brasil: todos os estados que constituem a Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins; partes da região nordeste (Maranhão, Sudoeste do Piauí, oeste e extremo sul da Bahia), do Sudeste (Minas Gerais, oeste de São Paulo e norte do espírito Santo) e do Sul (oeste do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).
A vacina confere imunidade por 10 anos. Deve ser aplicada pelo menos 10 dias antes da viagem. Está disponível nos postos de saúde pública e nas clínicas privadas que tem convênio com a ANVISA, sendo fornecido um comprovante no momento da aplicação. Para viagens internacionais é exigido um “Certificado Internacional de Vacinação contra a Febre Amarela”, que somente é expedido pela ANVISA (setor de portos e aeroportos) mediante apresentação do comprovante da vacinação.
No Rio de Janeiro o posto da ANVISA fica localizado no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim.

Viagem segura com crianças


Introdução:
Com a chegada das férias é grande o número de famílias que viajam com suas crianças para locais no Brasil ou no exterior.
No mundo, o número de crianças que viaja tem aumentado consideravelmente. Estima-se que um milhão e novecentas mil crianças viajam para o exterior por ano.
Os problemas de saúde mais comuns em crianças em viagem são:
• Doenças diarréicas
• Malária
• Acidentes com veículos motorizados e acidentes relacionados com água (mar, piscina).
Para uma viagem segura, sem surpresas desagradáveis, é fundamental observar certos cuidados que vão garantir esta segurança e que são mais apropriados quando obtidos através de um serviço de medicina de viagem.
Mudanças dos esquemas habituais de vida, de atividades e do ambiente podem ser estressantes para a criança. A inclusão na bagagem de brinquedos familiares e outros objetos representativos para a criança podem diminuir este stress.
Este tema será abordado em 8 capítulos: Vacinas, Diarréia e desidratação, Cuidados com a alimentação, Precaução contra insetos, Malária, Acidentes, Viagens aéreas e Exposição ao sol.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Férias e viagens sem sobressaltos

Mês de janeiro, mês das férias e de viagens que possibilitam conhecimento de novos lugares, diversões, esportes, compras, e uma série de atividades prazeirosas sem a inclusão de nenhum acontecimento que atrapalhe. Para isto o viajante deve estar preparado com medidas preventivas capazes de garantir as férias prazeirosas tão almejadas.
Os locais visitados podem ter características muito diferentes do habitual e oferecer riscos principalmente no que se refere a doenças infecto contagiosas. Assim locais com sanemento básico deficiente, países ou regiões no Brasil que apresentam doenças endêmicas como febre amarela, dengue, malária, poliomielite e outras requerem que o viajante esteja protegido.
Alguns países apresentam ocasionalmente ocorrência de epidemias variadas. Mesmo em países de primeiro mundo ainda ocorrem epidemias de sarampo (já considerado eliminado nas Américas), coqueluche e outras.
Os cuidados devem ser tomados antes e durante a viagem. Vacinas, proteção contra doenças transmitidas por inseto, cuidados na alimentação para evitar a famosa diarréia do viajante são precauções importantes e que um serviço de medicina de viagem pode avaliar e orientar de acordo com as características do local do destino e das atividades do viajante.
Para maiores detalhes assessem o informe que escrevi no site "www.prophylaxis.com.br", na página inicial, clicando na janela "boletim on line" As férias chegaram. Tudo pronto para a viagem .
Em alguns dias estaremos publicando "Viagem segura com crianças".