sábado, 16 de março de 2013

ATIVIDADE DA GRIPE (INFLUENZA) NO HEMISFÉRIO NORTE

   
AMÉRICA DO NORTE:
A atividade da gripe na América do Norte começou a diminuir, porém o número de hospitalizações por pneumonia em adultos de mais de 65 anos continua a aumentar. O vírus predominante nesta epidemia é o influenza A(H3N2).
- Situação no Canadá - o número de surtos em escolas tem aumentado. Foram notificadas 3.010 hospitalizações associadas à influenza. Desde o início da temporada 2012/2013 já ocorreram 203 óbitos. Dos casos identificados 94,6% foram identificados como influenza A e 5,4% como influenza B.
Desde o início da estação o laboratório de microbiologia caracterizou 452 vírus influenza: 297 A (H3N2), 58 A(H1N1) e 72 influenza B.
- Situação nos Estados Unidos - A atividade diminuiu na maioria das áreas do país, mas, ainda permanece alta. Foram notificados 88.000 casos e o pico ocorreu na 2ª semana de janeiro. Desde o início da epidemia, um total de 8.293 casos hospitalizados foi confirmado laboratorialmente. A hospitalização tem sido mais drástica nas pessoas com 65 anos e mais. A taxa de mortalidade na 1ª semana de fevereiro chegou a 9,8%. Das amostras testadas como influenza A, 80,5% eram de influenza A(H3N2) e 19,5% eram de A(H1N1).
EUROPA:
A atividade da gripe na Europa continua aumentando na maioria dos países da região com alta disseminação geográfica em 22 países. Bélgica, Alemanha, Luxemburgo e Suécia são os que estão apresentando maior número de casos.
O vírus influenza A(H1N1), predomina em países do Norte, Leste e Europa Central, incluindo Áustria, Republica Checa, Alemanha e Rússia, enquanto o influenza B é dominante em alguns países do sul e da Europa Ocidental, incluindo França, Irlanda, Itália, Espanha e Inglaterra.
Na maioria das áreas, co-circulam influenza A(H1N1), A(H3N2) e influenza B.
Dinamarca e Inglaterra têm aumento de óbitos em pessoas de 65 anos e mais.
Na estação de gripe 2012/2013, 70% dos casos são de influenza A e 30 % de influenza B. Dos vírus influenza A, 71% são H1N1 e 29% H3N2.
A maioria dos vírus são antigenicamente similares aos vírus incluídos na vacina do hemisfério norte.
ÁFRICA DO NORTE – apresenta diminuição do número de casos. Algéria e Tunísia continuam a ter aumento. Vírus circulantes H1N1, H3N2 e B (dominância discreta de H1N1).
ÁSIA:
Oeste da Ásia- Aumento da positividade da influenza na última semana principalmente Turquia e Geórgia. Egito e Jordânia mostram diminuição. Maior proporção de influenza A(H3N2) e B.
Ásia Central - Atividade influenza aumentando lentamente. Karzakistão, Kirgistão e Uzbequistão com predominância de A(H3N2) e co-dominância de influenza B.
Ásia temperada
A atividade da influenza nesta região é contínua. No norte e no sul da China o percentual de influenza A (H1N1) circulando continua aumentando e tem sido maior do que o percentual de A(H3N2) e B. Nos testes realizados, os vírus influenza A estão ligados ao A Califórnia e ao A Victoria.
Republica da Coréia A atividade da influenza continua a aumentar com predomínio do influenza A: A(H3N2) e A(H1N1).
Japão
Houve um aumento na segunda semana de janeiro, porém, já vem diminuindo gradativamente. O H3N2 é o subtipo dominante.

OBSERVAÇÃO: Nas áreas tropicais a atividade ainda é baixa. A estação da gripe como se sabe, ocorre no inverno.
No Brasil, existe a preocupação de que a ocorrência de casos possa ser antecipada devido à grande circulação de turistas provenientes do hemisfério norte no verão (carnaval) em cidades turísticas como Rio, S. Paulo, Salvador, Recife e outras.
A vacina que vai ser utilizada no hemisfério sul tem a mesma formulação da que está sendo utilizada atualmente no hemisfério norte:
- Vírus similar a influenza A/Califórnia/7/2009 (H1N1)pdm09
- Vírus similar a influenza A/Victoria/ 361/2011/(H3N2)
- Vírus similar a Influenza B/Wisconsin/1/2010
A previsão é que em março a Prophylaxis® Clínica de Vacinação terá a vacina disponível para o público.
A vacina da gripe está indicada para todas as pessoas a partir de 6 meses de idade.
Grupos que apresentam maior risco: crianças menores de 2 anos, mulheres grávidas, pessoas com doenças crônicas, imunocomprometidos e profissionais de saúde.

Fonte: ProMED-mail de 17/02/201- Influenza (19),WHO global update
 Matéria transcrita do site"www.prophylaxis.com.br" escrita por Meri Baran, publicada em fevereiro de 2013

terça-feira, 12 de março de 2013

Vacina contra dengue- possibilidades.

Há várias formulações candidatas de vacina contra dengue em vários estágios de desenvolvimento, porém, todas enfrentam dificuldades. A vacina criada pelo laboratório Sanofi Pasteur é que se encontra em estágio mais adiantado; dados preliminares dão conta que ela teve bom desempenho para os vírus 1, 3 e 4, mas não mostrou eficácia para o vírus 2. Novos estudos estão sendo feitos para aprimoração da vacina.
Uma nova vacina tetravalente de vírus atenuados está se revelando bastante promissora – este foi o anúncio do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos no mês passado. É a Tetra Vax-DV, produzida a partir de vírus atenuados e que foi testada em 112 voluntários com idades entre 18 e 50 anos que nunca tiveram dengue. Houve proteção de 90% dos participantes contra os vírus 1, 3 e 4 e forneceu bons resultados contra os 4 tipos em 45% dos participantes. Os testes foram coordenados por técnicos da Universidade John Hopkins em Baltimore. Com apenas uma dose ela obteve forte resposta imunológica.
A vacina será testada no Brasil pelo Instituto Butantã em parceria com a Faculdade Nacional de Medicina da USP, assim que obtiver autorização da ANVISA ( Agencia Nacional de Vigilância Sanitária). Um estudo com 300 voluntários vai avaliar a imunidade produzida pela vacina e a segurança da mesma em relação a eventos adversos. Estes voluntários serão acompanhados durante 5 anos para observar como a proteção se mantém e o número de doses necessárias.
Os resultados de estudos em andamento no Brasil como os de outros na América e na Ásia deverão estar disponíveis no final de 2014, segundo o diretor do Projeto Internacional “Dengue Vaccine Initiative”.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

EPIDEMIA DE GRIPE NOS ESTADOS UNIDOS



A estação de gripe que ocorre anualmente no inverno dos Estados Unidos iniciou-se mais cedo e apresenta-se mais intensa neste ano de 2013. A maioria dos casos é causada por uma cepa de influenza que está produzindo um maior número de casos graves. A gripe está espalhada em todo o país e as cidades mais atingidas são Nova York e Boston.

Nesta epidemia, a testagem dos casos mosrou que a maioria deles está sendo causada por uma cepa do vírus influenza (gripe) “H3N2- A Victoria”.

A vacina aplicada no Brasil em 2012 (outono/inverno) tem na sua formulação a cepa “H3N2- A PERTH””.

Para quem vai viajar para os EUA, o mais indicado seria a aplicação da vacina de 2013 que ainda não está disponível no Brasil. Entretanto, quem não se vacinou na estação da gripe de 2012 e vai viajar, pode tomar a vacina de 2012 (proteção cruzada), ainda disponível em pouca quantidade no Brasil. Quem tomar a vacina agora (somente para viajar) não deve deixar de tomar a vacina da estação de 2013, assim que esta chegar ao Brasil (previsto para o nosso outono).

A vacina que será utilizada na nossa estação de gripe de 2013 é idêntica à vacina que está sendo aplicada nos EUA agora, porém só esrtará disponível no Brasil a partir de fevereiro de 2013.

A vacina leva aproximadamente 10 a 15 dias para produzir imunidade. Este é o tempo necessário para que nosso organismo comece a produzir anticorpos contra a gripe.

Observação: Geralmente as vacinas contra influenza são constituídas de 3 tipos de vírus, sendo 2 do tipo A e 1 do tipo B. A formulação da vacina é definida a cada ano por um órgão internacional baseado na circulação de vírus nos hemisférios norte e sul.

CUIDADOS COMPLEMENTARES:

- Lave as mãos com freqüência com água e sabão (álcool gel a 70%, quando não for possível água e sabão).

- Evite tocar em boca, nariz e olhos.

- Não compartilhe copos, talheres, batons, cigarros, etc.

- Evite contato próximo com pessoas doentes.

 Trancrita de matéria publicada por Meri Baran no site da Prophylaxis Clínica de Vacinação.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Depois de tudo... Prevenção/Antes de tudo, PREVENÇÃO



Depois da tão falada tragédia que já matou 239 jovens, as ações de fiscalização estão sendo deflagradas e ninguém sabe se vão continuar ou se é somente agora durante a comoção que tomou conta do país. Todos estão falando em prevenção de acidentes. Centenas de boates, casas de espetáculos, foram fechadas e multadas. É só agora ou agora é pra valer? Precisamos de fiscais competentes e honestos que não façam o jogo de pedir propinas e de proprietários de estabelecimentos que ao invés de darem a propina corrijam as deficiências de seus estabelecimentos.
Nós brasileiros, por questões de colonização, do atraso econômico e tecnológico e de muitos fatores que influenciaram a cultura e a sociedade brasileira temos pouca preocupação com a "prevenção".
Como trabalho e sempre trabalhei com  prevenção de doenças através de vacinas e outras medidas importantes de controle, percebo claramente a pouca importância que o adulto dá a esta matéria.
 A criança, nos seus dois primeiros anos de vida, como é acompanhada na puericultura por pediatra e a mãe entende a necessidade da proteção de seu filho contra doenças transmissíveis, recebe todas as vacinas indicadas para aquela idade. Porém, algumas vacinas com o tempo têm o seu poder imunológico diminuído e tornam-se necessárias doses de reforço, além do que, de tempos em tempos, surgem novas vacinas que não foram aplicadas na infância.
Atendo pessoas que vão viajar para áreas de risco e que na fase adulta não receberam nenhuma vacina e nem lembram quando foi que receberam alguma vacina.
Os médicos clínicos na sua grande maioria não internalizaram a necessidade de acompanhar e solicitar um esquema de vacinação que proteja o seu cliente adulto de determinadas doenças. Raramente perguntam pelo estado vacinal do paciente durante a consulta.
O dengue nos visita a cada temporada de calor e nunca se fala em proteção individual. Sempre a ênfase é no ambiente, o que é realmente muito importante, porém incutir no indivíduo a importância dele tomar providências também no seu próprio corpo e o de seus familiares, é fazê-lo ter consciência de como a doença se transmite e que se ela entra através de seu corpo protegendo-o ela pode ser evitada. Cobrir mais o corpo com roupa e uso de repelentes são medidas que países do primeiro mundo, que também tem doença grave transmitida por mosquitos, recomendam e dão ênfase.
Cabe a nós aproveitar este momento para chamar à razão nossos filhos e filhas, netos e netas sobre que atitude devem ter em relação a sua própria segurança. Ao entrar num ambiente fechado com número considerável de pessoas, observar onde estão as portas de emergência, perguntar ao gerente sobre equipamentos de combate ao fogo, perguntar sobre o material de revestimento usado para o controle de som alto, saber se o show vai ser pirotécnico e não entrar se não tiver garantias. Com isso, os proprietários vão tratar de seguir as regras e nós ficaremos mais tranqüilos. Eles não vão querer perder a clientela.
Já que não se pode contar com um número suficiente de fiscais, a criação de um grupo treinado, formado por pais e jovens e com respaldo legal deve poder entrar nos lugares apontados pela população e fazer uma avaliação das condições de segurança que seria repassada ao órgão da prefeitura competente para exigir reparações e emitir multa ou coisa que o valha.
Enfim, prevenir é o caminho e nunca mais aceitar negligência.