terça-feira, 24 de novembro de 2009

JET LAG - como amenizar seus efeitos

Jet lag, é uma condição fisiológica consequente a alterações do ritmo circadiano (ciclo biológico de um dia do corpo humano influenciado pela luz solar). É um estado de desequilíbrio entre o ritmo biológico do organismo humano e os indicadores externos ambientais que normalmente lhe servem de referência. É causado pelas rápidas viagens de avião a jato que cruzam o globo terrestre nas direções leste-oeste ou oeste-leste.
A luz do sol é a referência mais importante de todas e o nosso relógio biológico se desorienta quando atravessamos rapidamente vários fusos horários e alteramos a sequência habitual do dia e da noite, dos períodos de atividade e de sono; o padrão natural do corpo é alterado- o ritmo que dita o tempo de comer, dormir, regulação hormonal e variações da temperatura do corpo não mais corresponde ao ambiente de cada um.
A condição de jet lag pode durar muitos dias; voar do oeste para o leste causa um jet lag mais intenso do que no sentido inverso, não se conhece a causa. A rapidez com que o corpo se ajusta ao esquema novo depende do indivíduo. Algumas pessoas necessitam alguns dias para ajustar o novo fuso horário, enquanto outras experimentam apenas um leve distúrbio. Pessoas que têm uma rotina de vida muito rígida são as que mais sofrem com o jet lag. Pessoas que tem um dia-a-dia variado e imprevisível conseguem ajustar mais facilmente seu ritmo biológico às mudanças. Da mesma forma pessoas que dormem bem e crianças muito pequenas geralmente têm menos problemas.
A condição não está ligada ao tempo do vôo , mas a distância transmeridiana (leste-oeste) da viagem. Uma viagem de 10 h da Europa para a África do Sul não causa jet-lag, porque a viagem é primariamente norte-sul. Um vôo de 5 horas do oeste para a costa leste dos EUA pode resultar em jet lag.
Sintomas:
O sintoma pode ser variado, dependendo da quantidade de alteração de fusos horários. Problemas digestivos, dor de cabeça, fadiga, padrão de sono irregular, insonia temporária, desorientação, tonteiras, irritabilidade, depressão leve.
Medidas:
Antes do vôo- Alterar progressivamente o horário de início do sono (dormir mais cedo) uns dias antes e tentando dormir 7 a 8 horas diárias. Evite refeições pesadas no dia anterior. Faça exercícios nos dias anteriores e caminhe no aeroporto. Evite consumir café, chá, bebidas gasosas e álcool.
Durante o vôo – Use roupas largas e sapatos confortáveis. Beba água com frequência. Faça uma refeição leve. Evite café, chá, bebidas gasosas e álcool. Levante-se de 2 em 2 horas, estique braços e pernas e caminhe um pouco.
Na chegada - Passe o máximo de tempo possível em ambiente externo ou de janelas abertas para se habituar às novas condições de luz. Deite-se só quando chegar a noite para acertar o sono. Não vá diretamente do aeroporto para uma reunião de trabalho.
Não existem medicamentos que apresentem eficiência comprovada. Alguns estudos com melatonina deram resultados contraditórios.
Leia também este artigo no link http://www.bexintercambio.com.br/artigos.cfm

Meri Baran

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Onda de calor - perigo para os idosos

Hoje não vou falar de assunto referente a medicina de viagem, mas de um assunto que vem me preocupando que é a "doença relacionada ao calor.
Ondas de calor, como a que ocorreu aqui na Cidade do Rio de Janeiro na semana passada, devem-se constituir num alerta para pessoas que têm parentes muito idosos ou cuidam de idosos. Estudos indicam que estes são os mais vulneráveis às ondas de calor, com 82 a 92% mais mortes do que a média desta faixa etária.
Geralmente o idoso acamado, ou aquele que tem alguma doença de base,ou aquele que já tem suas atividades diminuidas não percebe as sensações de calor como a maioria das pessoas. É comum ver o idoso agasalhado em pleno dia escaldante de 40ºC. Não gosta de vento nem de ar condicionado, acha que faz mal a saúde. Da mesma forma ele pode também não manifestar sede e só bebe água se oferecerem com insistência. A capacidade de detectar o calor é reduzida e a resposta fisiológica ao calor com distribuição adequada de sangue e suor para resfriar o corpo é mais lenta, podendo levar a um quadro de doença relacionada ao calor, que pode evoluir com desidratação grave, havendo necessidade de internação para hidratação venosa
Em 1980, uma forte onda de calor atingiu os EUA e produziu 1.700 óbitos. No verão de 1988 e também no de 1998, na cidade do Rio de Janeiro, ocorreu um número importante de óbitos por "doença relacionada ao calor". A onda de calor na Europa em 2003 foi responsável por mais de 14 mil mortes na França, 4,2 mil na Itália, 2 mil em Portugal e 2 mil no Reino Unido. A maioria das vítimas francesas morreu por desidratação e o sistema público/privado da França não estava preparado para atender a milhares de casos simultâneos de desidratação.
Vários fatores afetam a capacidade do corpo de esfriar a si mesmo durante temperaturas extremas: idade avançada, alta umidade do ar, obesidade, febre, doença cardíaca, insolação e uso de drogas e álcool.
As pessoas de grupos socio econômicos com menor poder aquisitivo, baixos níveis de escolaridade e aqueles em situação de isolamento social também tem risco maior de mortalidade.
Sinais de alarme: temperatura corporal acima de 40º; pulso rápido, forte,;cefaléia; fraqueza; náusea; confusão mental, distúrbio de consciência. Este quadro pode ser confundido com um quadro infeccioso já que a pessoa apresenta febre alta.
Conduta:resfriar a pessoa usando o método que estiver disponível e que for possível diante das condições dela: imersão em água, chuveiro, esponja com água fria; colocar a pessoa em ambiente ventilado, se possível com ar condicionado; monitorar a temperatura corporal e se não houver melhora em pouco tempo, levar a um serviço de emergência o mais rápido possível.
O ar condicionado está associado a uma redução do risco de 80% e os ventiladores a uma redução de 30%.
Meri Baran

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

ATENÇÃO VIAJANTE! Temporada da gripe A (H1N1) no hemisfério norte,

Já está próxima a chegada do inverno no hemisfério norte e as temperaturas por lá já estão bem baixas. A temporada do vírus da influenza é sempre nos meses frios e já existe grande preocupação, principalmente na Europa, EUA, Canadá e Ásia Central em relação a pandemia da influenza. A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê uma atividade viral continuada ou maior durante o inverno com a possibilidade de ocorrência de casos graves e óbitos. O padrão desta pandemia é diferente do padrão da influenza sazonal na qual os casos graves ocorrem mais em pessoas acima de 65 anos. A maior ocorrência de casos se dá em adultos jovens.
A maioria das pessoas recupera-se sem tratamento especializado, mas alguns grupos como gestantes, pessoas com condições crônicas como asma, doença respiratória crônica, obesidade, correm risco maior de ter complicações, sendo que a principal delas é a pneumonia. Também crianças pequenas, principalmente abaixo de 2 anos apresentam risco maior.
Já está acontecendo vacinação para esta gripe em vários países e milhões de pessoas já foram vacinadas. A vacina tem se mostrado muito segura. Hoje iniciou-se vacinação na França. Porém estas vacinações não contemplam a população como um todo e sim os grupos de risco; a estratégia é proteger os vulneráveis - gestantes, pessoas com doenças crônicas, menores de 5 anos e também profissionais de saúde.
As empresas de vacina estão produzindo vacinas o mais rápido possível. A OMS espera receber cerca de 200 milhões de doses doadas por 11 países destinadas a distribuição para 95 países pobres.
O viajante que vai se dirigir para o hemisfério norte deve adotar medidas de prevenção que podem protegê-lo do adoecimento pelo vírus A H1N1. Lavar as mãos com frequência se constitui num dos melhores meios de prevenção. O vírus que se transmite através de gotículas de saliva e secreções respiratórias, permanece nas mãos das pessoas quando estas tossem ou espirram, pelo hábito de colocar as mãos na boca neste momento. As mãos tocam objetos, telefones, corrimões de escadas, teclados de computadores, etc. e nestes o vírus permanece por tempo considerável. Ao tocar nestes objetos e colocar as mãos nos olhos, nariz ou boca, as pessoas se contaminam, porisso é importante:
-lavar muito bem as mãos com água e sabão durante 15 a 20 segundos.
-se não for possível água e sabão, utilizar álccol gel a 70%.
-evitar colocar as mãos na boca, nariz ou olhos antes de lavar bem as mãos.
-manter distância de pelo menos 1 metro de pessoas com sintomas de gripe.
Se durante a viagem apresentar sintomas como febre, tosse, dor no corpo, dor de cabeça, procure um médico imediatamente. Existem medicamentos específicos (antivirais) que diminuem a possibilidade de formas graves e diminuem o tempo de doença.
Pessoas com sintoma de gripe devem evitar a transmissão para outras pessoas:
- ao tossir ou espirrar, usar lenço descartável que deve ser jogado no lixo. Se isto não for possível, cobrir a boca com a dobra do cotovelo.
Não se comprovou o benefício de usar máscaras principalmnete em lugares abertos, mas pode ser usada por pessoas que convivem em casa com uma pessoa com influenza.
Meri Baran

domingo, 1 de novembro de 2009

Um novo serviço de medicina de viagem

O Serviço de Medicina de Viagem da Prophylaxis, clínica de vacinação que segue rigorosamente as normas de qualidade da OMS, foi criado com o intuito de proporcionar ao viajante atendimento preventivo de agravos, incluindo a aplicação das vacinas necessárias de acordo com o destino a que cada um se dirige, de maneira a evitar adoecimentos e contratempos. A Prophylaxis tem uma rede de atendimento que conta com 27 unidades, sendo que os atendimentos específicos para viajantes são realizados nas Unidades do Leblon e Arpoador, por equipe que consta de médica -Dra. Meri Baran- e pessoal de enfermagem. Nas demais unidades existe um protocolo de ações (procedimentos) em como orientar o interessado em concretizar a consulta e também obter acesso a material informtivo.
O ideal é que a pessoa procure o atendimento 4 a 6 semanas antes da data da viagem e no mínimo, 10 a 15 dias. Para marcar consulta ligue para 2495-1020, informando a data da viagem e os locais para onde se dirige. A equipe do serviço está sempre atualizada com as ocorrência de surtos, epidemias e doenças de uma maneira geral de cada país.
Site: www.prophylaxis.com.br