segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

                                              Febre Amarela no Brasil - Parte I

A febre amarela é uma doença infecciosa, aguda, febril que pode ter evolução benigna, mas sempre ocorre um percentual importante de casos que evoluem com gravidade. Febre, calafrios, dores no corpo e vômitos são sintomas mais comuns. Pele e olhos amarelados, sangramentos, fezes escuras, e diminuição da urina já traduzem comprometimento hepático e renal e podem levar a morte.
Ela é causada por um arbovírus, encontrado em países de clima tropical da África, da América Central e da América do Sul.
Existem duas formas de Febre amarela: a silvestre e a urbana. No Brasil desde 1942 não ocorre a febra amarela urbana. 
Na febre amarela urbana o único hospedeiro é o homem e a transmissão se dá pela picada do mosquito "aedes aegypti", o mesmo transmissor de dengue, zika e chikungunya.
Na febre amarela silvestre os primatas (macacos) são os principais hospedeiros do vírus e o homem  é um "hospedeiro acidental". O transmissor no Brasil é um mosquito silvestre, o Haemagogus, que vive em matas e nas vegetações a beira dos rios. Esse mosquito pica macacos infectados e depois transmite para o homem.
No Brasil, a febre amarela silvestre é endêmica nas regiões norte e centro oeste em áreas de mata, mantendo-se sob controle. Ela tem um comportamento cíclico e é sempre precedida de epizootias - doenças entre os primatas (macacos) que aparecem mortos. Nos humanos aparece de forma irregular, decorrente da exposição da pessoa não imunizada quando o homem se instala em áreas de matas afim de desenvolver atividades extrativistas ou projetos agropecuários. Ocorre mais nos meses de dezembro a abril, períodos de chuva quando a densidade do mosquito é elevada.
No Brasil, as áreas de risco para a febre amarela silvestre são divididas em áreas endêmicas e de transição. Áreas endêmicas são aquelas onde ocorrem casos humanos de febre amarela. São elas: toda a região norte, o estado do Maranhão e a região centro oeste. Áreas de transição: áreas que não registraram casos humanos e sim morte de primatas. São elas: sul do Píauí, oeste da Bahia, centro oeste de Minas Gerais e oeste de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A única forma de evitar a febre amarela é a vacina que será abordada na parte II deste informe.




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