segunda-feira, 16 de julho de 2012

GRIPE 2012 - ALERTA


Estamos no inverno e em plena "estação da gripe" que significa aumento da circulação de vários subtipos do vírus influenza (virus que produz a gripe).

O vírus influenza tem uma característica de produzir mutações e com isso surgem novos subtipos. O subtipo A (H1N1) apareceu pela primeira vez no início de 2009 no México e foi responsável pela “pandemia de gripe” que assustou o mundo naquele ano. Em agosto de 2010, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou encerrada a pandemia.

Mesmo com o fim da pandemia, o subtipo H1N1 continua circulando no mundo inteiro, produzindo apenas surtos localizados porque a maioria das pessoas já está protegida contra ele, seja porque teve a infecção natural em 2009/2010 ou porque foram vacinados nas campanhas de 2010, 2011 e 2012. Esses surtos vêm ocorrendo na maioria dos países do mundo e também no Brasil.

A OMS incluiu esse subtipo (H1N1) na vacina que é aplicada anualmente nesta época do ano. Esta vacina , que é a sazonal, é constituida geralmente por 2 subtipos do Influenza A e um subtipo de Influenza B, propiciando proteção importante principalmente para os grupos mais vulneráveis às complicações da gripe: gestantes, menores de 2 anos, portadores de doenças crônicas e idosos.

No Brasil, a campanha de 2012 alcançou cobertura acima de 80%, uma das mais altas do mundo e
diferente do que ocorreu em 2011, em 2012 nota-se um predomínio do vírus influenza  A (H1N1) 2009. Este dado é similar ao observado em outros países.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS), mesmo com o fim da pandemia, o vírus A (H1N1)2009 continua circulando em todos os continentes gerando casos e surtos localizados. Não há alteração do padrão clínico-epidemiológico da doença ou mutação importante que confira resistência ao vírus.

Situação epidemiológica da Influenza no Brasil – baseada em dados até a semana epidemiológica 26 que encerrou em 30 de junho de 2012:

Até esta semana foram registrados 7.043 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave que foram hospitalizados; destes, 7% (513) evoluíram para óbito. Do total de casos, a influenza foi responsável por 19% (1.366) no período.

Entre os óbitos, 74% (277) apresentaram pelo menos uma doença crônica associada, principalmente doença do coração (10,7%) e doença crônica do pulmão (9,2%).

Entre os óbitos de mulheres em idade fértil (15 a 49 anos), 4,4% (15) eram gestantes e destas, 27% (4) foram confirmadas para influenza. Duas receberam oseltamivir (tamiflú) com 3 e 5 dias de doença . Não há registro de vacina.

Apesar do avanço da doença, a posição oficial do Ministério da Saúde (MS) é que não há epidemia. De acordo com o órgão, em 2012 está havendo uma circulação maior do vírus influenza A (H1N1) em relação ao ano passado. Não existe motivo definido para o fenômeno, mas, a alternância de circulação de subtipos do vírus da gripe é comum e existe pouco risco de uma pandemia como a de 2009, quando ocorreram 2.060 mortes no Brasil.

Todas as regiões do país já registraram casos de gripe. A situação mais grave é no sul, onde as secretarias de saúde estaduais computaram 74 mortes até 7 de julho de 2012.

O MS reforça a adoção do tratamento oportuno que deve ser feito com Oseltamivir (Tamiflú) iniciado nas primeiras 48 horas. Mesmo ultrapassado este prazo, deve ser indicada a prescrição do antiviral.

Prevenção: A vacina é o meio mais eficaz e deve ser aplicada em todas as pessoas a partir de 6 meses de idade.
Outras medidas preventivas:

-Ações de higiene pessoal, como lavar as mãos várias vezes ao dia, evitar tocar a face com as mãos e proteger a tosse e o espirro com lenço descartável. O uso de álcol gel a 70% também oferece boa proteção quando não existe possibilidade de lavar as mãos.

- Procurar um serviço de saúde caso apresente síndrome gripal: febre de início súbito + tosse ou dor na garganta + dor de cabeça + dor muscular ou dor nas articulações.

- A orientação do MS é de que quando se comprova que há circulação do subtipo A/H1N1 2009 em determinada região, os médicos devem prescrever o antiviral Oseltamivir (Tamiflú) o mais precocemente possível a todas as pessoas com síndrome gripal sem aguardar resultados de laboratório ou sinais de agravamento, particularmente nos grupos vulneráveis para complicações, como mulheres grávidas, crianças pequenas, obesos e portadores de doenças crônicas.

O Ministério da Saúde descentralizou um estoque suficiente desse antiviral para todos os estados brasileiros e mantém um estoque estratégico capaz de suprir qualquer necessidade.

Fontes:-OMS- Influenza- Actualización Regional SE 25(5/7/2012), 2012
-Boletim informativo- Secretaria de Vigilância em Saúde- Influenza – Semana epidemiológica 26 (30/06/2012)

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