Meri Baran
Sejam bem vindos ao meu blog. Espero abordar assuntos de interesse do público relacionados a minha experiência em saúde pública e outros assuntos de interesse. Atualmente estou trabalhando com Medicina de Viagem. O blog está aberto a comentários e colaborações.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
Atualização da situação de Febre amarela no Brasil em 26/01/2017
Dados do Ministério da Saúde informam que foram registrados até 24 de janeiro, um total de 438 "casos suspeitos" de febre amarela e 89 óbitos. Deste total, 364 permanecem em investigação, 70 foram confirmados e 4 descartados. Dos óbitos, 37 foram confirmados em Minas Gerais e 3 em São Paulo. Os casos notificados estão distribuídos em 61 municípios sendo:
40 municípos em Minas Gerais,
14 municípios no Espírito Santo
3 municípios na Bahia
3 municípios em São Paulo
1 município no Distrito Federal
Todos são considerados como febre amarela silvestre.
Não existe suspeita que esteja ocorrendo casos de febre amarela urbana.
O Ministério da Saúde considera a situação sob controle.
O estoque estratégico da vacina está sendo reforçado com mais 11,5 milhões de doses
De imediato serão repassados 6 milhões de doses.
A vacinação está sendo focada nas áreas consideradas de risco e pessoas que vão viajar para estas áreas.
Não há necessidade de vacinação para pessoas que não são residentes destas áreas.
No Rio de Janeiro está sendo feito um cinturão de bloqueio em 14 municípios mais próximos de Minas Gerais. Trata-se de uma precaução.
Também no Espírito Santo está sendo feita vacinação como medida de precaução para residentes próximos às áreas de risco de Minas Gerais.
Obs: resumo feito com base nas informações que o Ministério da Saúde disponibiliza no seu site: www.saude.gov.br.
terça-feira, 17 de janeiro de 2017
Febre
amarela no Brasil – Situação atualizada (17/01/2017) - Parte III
Até 16/01/2017 foram notificados pela Secretaria Estadual de
Saúde de Minas Gerais 152 casos suspeitos de febre amarela silvestre e 47
mortes suspeitas em 26 municípios de
Minas Gerais. Até o momento existem 37 casos prováveis da doença e 22 óbitos
prováveis.
A investigação está sendo conduzida em conjunto pelo
Ministério da Saúde, Estado de Minas Gerais e Municípios envolvidos.
Todo o Estado de Minas Gerais já faz parte da recomendação para
vacinação de rotina da febre amarela incluindo os municípios que têm ocorrência
de casos suspeitos.
A Secretaria Estadual de Saúde do Espírito Santo resolveu adotar
medida preventiva vacinando a população de 26 municípios próximos ao Estado de
Minas Gerais embora não haja registro de casos suspeitos em humanos ou
primatas. O Ministério da Saúde apoia esta medida.
Porém no dia 16/01 foram notificados 2 casos suspeitos de
febre amarela silvestre nos municípios de Conceição do Castelo e São Roque do
Canaã (Espírito Santo). Os casos são de residentes na área rural.
O Estado do Espírito
Santo não é considerado área de risco para febre amarela, portanto continua sem
recomendação de vacinação. A medida de precaução foi tomada em virtude da proximidade
dos municípios de Minas Gerais que apresentam casos suspeitos de febre amarela.
É interessante relembrar que em 2008 e 2009 ocorreram surtos em estados indenes, que ainda não tinham notificado casos de febre
amarela silvestre como Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná. Houve alerta de
epizootias de primatas num município no noroeste do Rio Grande do Sul fronteira
com a Argentina. Em 2009 nova expansão desta vez em São Paulo em áreas que eram
consideradas indenes com casos suspeitos que foram confirmados por laboratório .Também
a ocorrência de epizootias suspeitas em primatas que não tinham sido
notificadas, restritas a região sul sudeste próxima a divisa com o Paraná. O Paraná
registrou epizootias apenas no município de Ribeirão Claro, divisa com São
Paulo.
Ao todo de 28/09/2008 até 29/09/2009 foram notificados 274
casos humanos suspeitos, sendo 51 confirmados (18,6%) e 21 óbitos (letalidade
de 41,2%). Mediana de idade 31 anos com predomínio do sexo masculino.
As ocorrências atuais em Minas Gerais, bem como as de 2008 e
2009, apontam para expansão da febre amarela silvestre no país e talvez para a necessidade de incluir a vacina
no calendário de rotina da criança de todo o Brasil.
Relação dos municípios que notificaram casos suspeitos de
febre amarela silvestre 2016/2017:
Minas Gerais- Ladainha, Malacacheta, Frei Gaspar, Caratinga,
Piedade de Caratinga, Imbé de Minas, Entre Folhas, Ubaporanga, Ipanema, Inhapim,
São Domingos das Dores, São Sebastião do Maranhão, Itambacuri, Poté, Setubinha, Água Boa,, São Pedro do Suaçuí,
Simonésia, Teófilo Otoni, Ipatinga, Alpercata, Ouro Verde de Minas, Inhaomi, Santa
Rita do Itueto, Alvarenga e Novo Cruzeiro.
Fonte: Informes da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Febre amarela no
Brasil- Parte II – Vacina
É uma vacina viva, atenuada e altamente eficaz. Ela está
disponível em toda a rede pública de saúde e em clínicas privadas.
Ela é segura para o uso a partir dos 9 meses de idade em
residentes e viajantes para as áreas endêmicas já referidas na matéria “Febre
amarela no Brasil- Parte I”.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que apenas
uma dose de vacina já é suficiente para proteção por toda a vida.
O Ministério da Saúde do Brasil recomenda duas doses da
vacina febre amarela no calendário nacional para as áreas endêmicas. A primeira
dose deve ser aplicada aos 9 meses e a
segunda dose aos 4 anos de idade.
Para pessoas de 2 a 59 anos a recomendação é de 2 doses.
É muito importante a aplicação da vacina para pessoas que
planejam turismo rural, pescaria, visitação de reservas naturais, parques
ecológicos, cachoeiras, rios, florestas, bem como para aqueles que que praticam
atividades laborais relacionadas ao extrativismo, a fauna e a flora em
ambientes rurais e silvestres. Além da vacina, outras medidas são necessárias
como utilizar roupas que protejam todo o corpo- tênis ou botas, camisa de mangas
compridas e calças compridas e usar repelentes, de preferência os que tenham
maior duração no tempo de proteção.
Contra indicações da Vacina:
Alergia (reação anafilática) a uma aplicação anterior da
vacina.
Alergia a substâncias presentes na vacina – ovo, gelatina.
Pessoas que tenham imunodeficiência como câncer, leucemia,
AIDS, história pregressa de doenças do timo ( miastenia gravis, timoma, ausência
do timo ou remoção cirúrgica) e outras.
Pessoas com doenças cardíacas, pulmonares e renais graves.
Pessoas com quadros de infecção aguda (febre, etc.) devem
adiar a vacinação para quando houver regressão dos sintomas.
Atenção: indivíduos com 60 anos ou mais devem
apresentar prescrição médica informando que não existem agravos que contraindiquem a aplicação da vacina.
Pessoa que vai viajar a países que exigem certificado de
vacina da febre amarela, se apresentar declaração do médico informando que a
pessoa possui contraindicação para a vacina, recebe no certificado a indicação
de que está ”isento”.
Reações adversas:
Reação local com dor, edema e vermelhidão.
Febre, dor no corpo, dor de cabeça.
Como a vacina é de vírus vivo atenuado, em pessoas com
doenças sistêmicas mais sérias ou com sistema imunológico fragilizado pode
ocorrer uma reação mais grave. É por
este motivo que existe necessidade de uma avaliação médica por escrito.
Esquema de vacinação para pessoas que vivem em áreas
endêmicas ou que vão viajar para áreas endêmicas
6 a 9 meses incompletos
|
A vacina está indicada apenas para situações de emergência
epidemiológica ou viagem para área de risco.
|
9 meses até antes de
completar 5 anos
|
1 dose aos 9 meses de idade
1 dose de reforço aos 4 anos*
* (se a criança não foi vacinada aos 9 meses deve tomar a vacina e o
reforço com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses)
|
Que já receberam 2 doses de vacina
|
Estão imunizados e não precisam mais se vacinar
|
Que receberam uma dose única de vacina
|
Devem tomar o reforço, ainda que sejam adultos, após 10 anos
|
Que nunca foram vacinados ou sem comprovante de vacinação
|
Administrar a primeira dose da vacina +
1 dose de reforço após 10 anos
|
60 anos ou mais nunca vacinada ou
sem comprovante de vacinação
|
Apenas após avaliação médica
|
Gestantes
|
A vacinação é contra indicada.
Na impossibilidade
de adiar a vacinação, como em situações de emergência epidemiológica
ou viagem para área de risco de contrair a doença, o médico deverá avaliar o
risco/benefício da vacinação.
|
Mães que amamentam lactentes até 6 meses de idade
|
A vacinação é contraindicada até a criança completar 6 meses de
idade. Caso tenha recebido a vacina, o aleitamento materno deve ser suspenso
por 28 dias após a aplicação da vacina.
|
Viajantes
|
·
Viagens internacionais – seguir as regulamentações
do Regulamento Sanitário Internacional
·
Viagens para áreas com recomendação de vacina
no Brasil, vacinar pelo menos 10 dias antes da viagem se for a primeira
vacina.
|
(http//portalsaude.saude.gov.br/index.php/oministério/principa/secretarias/svs/viajante)
segunda-feira, 16 de janeiro de 2017
Febre Amarela no Brasil - Parte I
A febre amarela é uma doença infecciosa, aguda, febril que pode ter evolução benigna, mas sempre ocorre um percentual importante de casos que evoluem com gravidade. Febre, calafrios, dores no corpo e vômitos são sintomas mais comuns. Pele e olhos amarelados, sangramentos, fezes escuras, e diminuição da urina já traduzem comprometimento hepático e renal e podem levar a morte.
Ela é causada por um arbovírus, encontrado em países de clima tropical da África, da América Central e da América do Sul.
Existem duas formas de Febre amarela: a silvestre e a urbana. No Brasil desde 1942 não ocorre a febra amarela urbana.
Na febre amarela urbana o único hospedeiro é o homem e a transmissão se dá pela picada do mosquito "aedes aegypti", o mesmo transmissor de dengue, zika e chikungunya.
Na febre amarela silvestre os primatas (macacos) são os principais hospedeiros do vírus e o homem é um "hospedeiro acidental". O transmissor no Brasil é um mosquito silvestre, o Haemagogus, que vive em matas e nas vegetações a beira dos rios. Esse mosquito pica macacos infectados e depois transmite para o homem.
No Brasil, a febre amarela silvestre é endêmica nas regiões norte e centro oeste em áreas de mata, mantendo-se sob controle. Ela tem um comportamento cíclico e é sempre precedida de epizootias - doenças entre os primatas (macacos) que aparecem mortos. Nos humanos aparece de forma irregular, decorrente da exposição da pessoa não imunizada quando o homem se instala em áreas de matas afim de desenvolver atividades extrativistas ou projetos agropecuários. Ocorre mais nos meses de dezembro a abril, períodos de chuva quando a densidade do mosquito é elevada.
No Brasil, as áreas de risco para a febre amarela silvestre são divididas em áreas endêmicas e de transição. Áreas endêmicas são aquelas onde ocorrem casos humanos de febre amarela. São elas: toda a região norte, o estado do Maranhão e a região centro oeste. Áreas de transição: áreas que não registraram casos humanos e sim morte de primatas. São elas: sul do Píauí, oeste da Bahia, centro oeste de Minas Gerais e oeste de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A única forma de evitar a febre amarela é a vacina que será abordada na parte II deste informe.
A febre amarela é uma doença infecciosa, aguda, febril que pode ter evolução benigna, mas sempre ocorre um percentual importante de casos que evoluem com gravidade. Febre, calafrios, dores no corpo e vômitos são sintomas mais comuns. Pele e olhos amarelados, sangramentos, fezes escuras, e diminuição da urina já traduzem comprometimento hepático e renal e podem levar a morte.
Ela é causada por um arbovírus, encontrado em países de clima tropical da África, da América Central e da América do Sul.
Existem duas formas de Febre amarela: a silvestre e a urbana. No Brasil desde 1942 não ocorre a febra amarela urbana.
Na febre amarela urbana o único hospedeiro é o homem e a transmissão se dá pela picada do mosquito "aedes aegypti", o mesmo transmissor de dengue, zika e chikungunya.
Na febre amarela silvestre os primatas (macacos) são os principais hospedeiros do vírus e o homem é um "hospedeiro acidental". O transmissor no Brasil é um mosquito silvestre, o Haemagogus, que vive em matas e nas vegetações a beira dos rios. Esse mosquito pica macacos infectados e depois transmite para o homem.
No Brasil, a febre amarela silvestre é endêmica nas regiões norte e centro oeste em áreas de mata, mantendo-se sob controle. Ela tem um comportamento cíclico e é sempre precedida de epizootias - doenças entre os primatas (macacos) que aparecem mortos. Nos humanos aparece de forma irregular, decorrente da exposição da pessoa não imunizada quando o homem se instala em áreas de matas afim de desenvolver atividades extrativistas ou projetos agropecuários. Ocorre mais nos meses de dezembro a abril, períodos de chuva quando a densidade do mosquito é elevada.
No Brasil, as áreas de risco para a febre amarela silvestre são divididas em áreas endêmicas e de transição. Áreas endêmicas são aquelas onde ocorrem casos humanos de febre amarela. São elas: toda a região norte, o estado do Maranhão e a região centro oeste. Áreas de transição: áreas que não registraram casos humanos e sim morte de primatas. São elas: sul do Píauí, oeste da Bahia, centro oeste de Minas Gerais e oeste de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A única forma de evitar a febre amarela é a vacina que será abordada na parte II deste informe.
sábado, 7 de fevereiro de 2015
ATENÇÃO! SARAMPO NOS ESTADOS UNIDOS
Depois de ter sido considerado eliminado dos USA em 2000 , o sarampo volta aos estados americanos com a confirmação de 102 casos em 14 estados em 2014
O início do surto ocorreu na Califórnia em dezembro de 2014 (67 casos) ligados a uma exposição inicial na Disneylândia da Califórnia (Disney California Adventure Park) e continuou em 2015. Entre estes estão 5 funcionários do parque. 61% dos casos ocorreram em adultos acima de 20 anos e 21% em crianças até 4 anos de idade. A grande maioria das pessoas acometidas, surpreendentemente, não era vacinada contra uma doença totalmente imunoprevenível.
O sarampo se disseminou rapidamente e agora já está presente em 14 estados, porém a maioria dos casos está ligada a Disneylândia na Califórnia. A origem do presente surto, foi certamente a vulnerabilidade da população associada às contínuas epidemias que vem ocorrendo em países da Europa Ocidental, Ásia e África. Paquistão, Vietnam e Filipinas estão com casos recentes. Em 2014 mais de 600 casos foram notificados nos EUA. Também no Brasil ocorreram surtos no Ceará e em Pernambuco em 2013 e 2014.
"O sarampo é altamente contagioso e também altamente prevenido por vacinas".
"Duas doses da vacina contra o sarampo dão 99% efetividade".
O início da doença se dá com febre, tosse, coriza e olhos vermelhos. Alguns dias depois surge erupção na pele que se inicia na face e logo se dissemina por todo o corpo. Sarampo é doença que pode evoluir com gravidade, podendo complicar com pneumonia, encefalite, deixar sequelas e até levar a morte.
A vacinação é a estratégia mais importante para prevenção. É importante também no controle dos surtos e epidemias, havendo necessidade em determinadas situações de realizar campanhas de vacinação em massa.
A vacina utilizada é a vacina tríplice viral que protege contra sarampo, rubéola e caxumba. Uma pessoa só é considerada imunizada se ela recebeu 2 doses de vacina após 1 ano de idade. A primeira dose deve ser feita quando a criança faz 12 meses de idade e a segunda dose entre 4 e 6 anos de idade. Quando ocorre contato com casos de sarampo esta segunda dose pode ser antecipada, obedecendo a intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. Adolescentes e adultos que nunca foram vacinados devem fazer 2 doses com intervalo mínimo de 30 dias.
Complicações graves como pneumonia e encefalite ocorrem com mais frequência do que as pessoas imaginam.
O início do surto ocorreu na Califórnia em dezembro de 2014 (67 casos) ligados a uma exposição inicial na Disneylândia da Califórnia (Disney California Adventure Park) e continuou em 2015. Entre estes estão 5 funcionários do parque. 61% dos casos ocorreram em adultos acima de 20 anos e 21% em crianças até 4 anos de idade. A grande maioria das pessoas acometidas, surpreendentemente, não era vacinada contra uma doença totalmente imunoprevenível.
O sarampo se disseminou rapidamente e agora já está presente em 14 estados, porém a maioria dos casos está ligada a Disneylândia na Califórnia. A origem do presente surto, foi certamente a vulnerabilidade da população associada às contínuas epidemias que vem ocorrendo em países da Europa Ocidental, Ásia e África. Paquistão, Vietnam e Filipinas estão com casos recentes. Em 2014 mais de 600 casos foram notificados nos EUA. Também no Brasil ocorreram surtos no Ceará e em Pernambuco em 2013 e 2014.
"O sarampo é altamente contagioso e também altamente prevenido por vacinas".
"Duas doses da vacina contra o sarampo dão 99% efetividade".
O início da doença se dá com febre, tosse, coriza e olhos vermelhos. Alguns dias depois surge erupção na pele que se inicia na face e logo se dissemina por todo o corpo. Sarampo é doença que pode evoluir com gravidade, podendo complicar com pneumonia, encefalite, deixar sequelas e até levar a morte.
A vacinação é a estratégia mais importante para prevenção. É importante também no controle dos surtos e epidemias, havendo necessidade em determinadas situações de realizar campanhas de vacinação em massa.
A vacina utilizada é a vacina tríplice viral que protege contra sarampo, rubéola e caxumba. Uma pessoa só é considerada imunizada se ela recebeu 2 doses de vacina após 1 ano de idade. A primeira dose deve ser feita quando a criança faz 12 meses de idade e a segunda dose entre 4 e 6 anos de idade. Quando ocorre contato com casos de sarampo esta segunda dose pode ser antecipada, obedecendo a intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. Adolescentes e adultos que nunca foram vacinados devem fazer 2 doses com intervalo mínimo de 30 dias.
Complicações graves como pneumonia e encefalite ocorrem com mais frequência do que as pessoas imaginam.
VACINAS PARA O VIAJANTE
O turismo é uma das indústrias que mais crescem no Brasil e no mundo.
Anualmente, de um total de 50 milhões de viajantes a países em desenvolvimento, quatro milhões (8%) precisam de atendimento médico durante ou após a viagem. O ideal seria que todas as pessoas que planejam viajar conheçam muito bem os riscos potenciais dos países a serem visitados e adotem medidas preventivas para reduzir o dano potencial à saúde.
Os elementos-chave mais importantes para determinar o risco estão relacionados com:destino, motivo da viagem, estado de saúde dos viajantes, hospedagem e acesso aos serviços básicos de higiene, água potável e infraestrutura sanitária, manipulação adequada de alimentos, duração da viagem e estação do ano, e comportamento e estilo de vida do viajante.
São considerados viajantes de alto risco aqueles que fazem viagens de mochila e aventura, que visitam zonas rurais e fora das rotas turísticas habituais, que realizam ações de paz ou ajuda humanitária, que fazem viagem de longa duração como expatriados e colaboradores e os que se hospedam em casa de parentes e amigos.
De baixo risco: Os que se dirigem a áreas urbanas ou países desenvolvidos em período menor que 4 semanas.
Medida preventiva de grande importância: VACINAÇÃO DO VIAJANTE
Deve ser elaborado um plano de vacinas correto e completo pelo especialista de Medicina de Viagem, avaliando antes o histórico vacinal do viajante:
1- Atualização do calendário de vacinas de crianças, adolescentes e adultos com as vacinas de rotina:
- Tríplice bacteriana da criança (DTPa), do adolescente e do adulto (dTpa) – difteria, tétano e coqueluche
– Poliomielite
-Tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba)
- Varicela (para quem não teve varicela)
- Hepatite B
- Hepatite A
- Influenza ou Gripe anual
- Meningocócica conjugada C ou ACWY
2- Vacinas recomendadas de acordo com o risco local:
– Febre tifóide
– Hepatites A e B
– Influenza
– Meningocócica conjugada ACWY
– Poliomielite
– Raiva
– Tríplice Viral
– Febre Amarela
– Cólera*
– Encefalite Japonesa*
*Não disponíveis no Brasil
3- Vacinas obrigatórias internacionalmente
– Febre amarela
– Meningocócica ACWY ( para a celebração anual do Raji- Arábia Saudita)
As vacinas devem ser aplicadas pelo menos 10 a 15 dias antes da viagem (prazo para o início da produção de anticorpos). O ideal seria a consulta ao serviço de Medicina de Viagem 2 a 3 meses antes da viagem, pois, algumas vacinas demandam mais de uma dose. A única vacina obrigatória internacionalmente é a da Febre Amarela. De grande importância são as vacinas recomendadas de acordo com o risco local (citadas acima), pois, levam em conta a existência de doenças específicas que incidem nas diversas regiões do planeta.
Para a malária, doença grave, não existe vacina, mas dependendo do destino e das condições de alojamento o viajante deve levar medicamento preventivo (quimioprofilaxia) e se proteger ao máximo da picada do mosquito (anopheles).
Procure um Serviço de Medicina de Viagem para receber orientações dadas por médico especializado e vacinas.
Anualmente, de um total de 50 milhões de viajantes a países em desenvolvimento, quatro milhões (8%) precisam de atendimento médico durante ou após a viagem. O ideal seria que todas as pessoas que planejam viajar conheçam muito bem os riscos potenciais dos países a serem visitados e adotem medidas preventivas para reduzir o dano potencial à saúde.
Os elementos-chave mais importantes para determinar o risco estão relacionados com:destino, motivo da viagem, estado de saúde dos viajantes, hospedagem e acesso aos serviços básicos de higiene, água potável e infraestrutura sanitária, manipulação adequada de alimentos, duração da viagem e estação do ano, e comportamento e estilo de vida do viajante.
São considerados viajantes de alto risco aqueles que fazem viagens de mochila e aventura, que visitam zonas rurais e fora das rotas turísticas habituais, que realizam ações de paz ou ajuda humanitária, que fazem viagem de longa duração como expatriados e colaboradores e os que se hospedam em casa de parentes e amigos.
De baixo risco: Os que se dirigem a áreas urbanas ou países desenvolvidos em período menor que 4 semanas.
Medida preventiva de grande importância: VACINAÇÃO DO VIAJANTE
Deve ser elaborado um plano de vacinas correto e completo pelo especialista de Medicina de Viagem, avaliando antes o histórico vacinal do viajante:
1- Atualização do calendário de vacinas de crianças, adolescentes e adultos com as vacinas de rotina:
- Tríplice bacteriana da criança (DTPa), do adolescente e do adulto (dTpa) – difteria, tétano e coqueluche
– Poliomielite
-Tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba)
- Varicela (para quem não teve varicela)
- Hepatite B
- Hepatite A
- Influenza ou Gripe anual
- Meningocócica conjugada C ou ACWY
2- Vacinas recomendadas de acordo com o risco local:
– Febre tifóide
– Hepatites A e B
– Influenza
– Meningocócica conjugada ACWY
– Poliomielite
– Raiva
– Tríplice Viral
– Febre Amarela
– Cólera*
– Encefalite Japonesa*
*Não disponíveis no Brasil
3- Vacinas obrigatórias internacionalmente
– Febre amarela
– Meningocócica ACWY ( para a celebração anual do Raji- Arábia Saudita)
As vacinas devem ser aplicadas pelo menos 10 a 15 dias antes da viagem (prazo para o início da produção de anticorpos). O ideal seria a consulta ao serviço de Medicina de Viagem 2 a 3 meses antes da viagem, pois, algumas vacinas demandam mais de uma dose. A única vacina obrigatória internacionalmente é a da Febre Amarela. De grande importância são as vacinas recomendadas de acordo com o risco local (citadas acima), pois, levam em conta a existência de doenças específicas que incidem nas diversas regiões do planeta.
Para a malária, doença grave, não existe vacina, mas dependendo do destino e das condições de alojamento o viajante deve levar medicamento preventivo (quimioprofilaxia) e se proteger ao máximo da picada do mosquito (anopheles).
Procure um Serviço de Medicina de Viagem para receber orientações dadas por médico especializado e vacinas.
sexta-feira, 7 de novembro de 2014
EPIDEMIA DE EBOLA NA ÁFRICA OCIDENTAL
A doença é causada pelo vírus do gênero Ebolavírus da
família Filoviridae. É considerada uma febre hemorrágica de extrema gravidade,
frequentemente fatal, sendo que 60 a 90 % dos casos evoluem para óbito. Não
existe até o momento tratamento específico ou vacina.
A transmissão se dá
de 2 maneiras: do animal para o homem (morcego, chipanzé, gorila, antílope) ou
de pessoa a pessoa através do contato direto com sangue e fluidos corporais da
pessoa infectada. Não se transmite por via respiratória. A transmissão pelo
sêmen vai até 7 semanas após a recuperação. Não há risco de transmissão no período de incubação. A doença só é
transmitida de pessoa a pessoa quando já aparecem sintomas (febre e outros). A
pessoa morta é uma fonte importante de transmissão, pois, a quantidade de vírus
é ainda maior e nestes países os rituais com mortos são muito importantes,
existindo um contato grande pois o corpo do morto é lavado, abraçado, as pessoas vestem
as roupas dos mortos. Como houve a recomendação de não se realizarem os
funerais e na Libéria circula um decreto do governo que ordena cremação dos
defuntos, muitos casos não são levados aos hospitais o qqqque facilita mais ainda a transmissão.
A primeira epidemia de Ebola ocorreu no Zaire (atual
República Democrática do Congo) em 1976. Ela foi contida num tempo
relativamente curto.
Novas epidemias aconteceram em 2001 no Gabão e em 2007 no
Congo, porém nenhuma delas com tamanha expansão como a epidemia atual na África
Ocidental que atinge principalmente 3 países: Guiné, Serra Leoa e Libéria.
O caso zero da atual epidemia ocorreu num menino de 2 anos
numa aldeia da Guiné. A criança apresentou quadro infeccioso com febre e foi a
óbito. Também adoeceram uma irmã, a mãe e a avó que também faleceram. Não houve notificação destes casos e somente
algum tempo depois de ocorrerem mais casos nesta aldeia e já aparecendo casos
em outros locais é que se fez o diagnóstico de ebola e que então, tiveram inicio as medidas
de contenção já ineficientes, pois a epidemia se mostrava de alta transmissibilidade.
A expansão para Serra Leoa se deu através de uma mulher, moradora de Serra
Leoa, que participou do funeral de um curandeiro na Guiné. Na aldeia de 40
pessoas, 39 faleceram.
A epidemia superou a capacidade do precário sistema de saúde
destes países. Até o dia 31 de outubro a OMS contabilizou na África, 13.567
casos e 4.951 óbitos. Acredita-se que estes números devem ser maiores pois, muitos casos não chegam aos hospitais.
Os sintomas mais comuns são febre repentina, fraqueza
intensa, dores musculares, dor de cabeça e de garganta, seguida de vômitos e
diarreia. Pode ocorrer erupção cutânea com prurido e hemorragias internas e
externas. Evolui com comprometimento da função renal e hepática. São observados
diminuição de leucócitos e plaquetas e aumento das enzimas hepáticas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a proliferação
do vírus uma “emergência de saúde internacional” e considera a atual epidemia
como “a mais complexa de toda a história da doença”. A OMS não determinou a
proibição de comércio com as nações atingidas ou de viagens internacionais a
estes locais, mas recomenda aos governos que informem aos viajantes para este
destino sobre como minimizar os riscos de contaminação. Além disso, orientou
sobre como detectar casos e tratá-los e que tenham planos para repatriação de
cidadãos que foram expostos. Nos países afetados referendou a necessidade de
submeter a exames pessoas com sintomas que passem pelos aeroportos, portos e
postos fronteiriços e da aplicação de medidas efetivas de proteção dos
profissionais que lidam com os doentes.
O Ministério da Saúde considera que o Brasil tem baixo risco
para desenvolver uma epidemia de Ebola (todos os elementos da cadeia de
transmissão estão na África - aqui não existem animais que sejam hospedeiros do
ebola), porém, recomenda estreita vigilância para casos suspeitos provenientes
dos países afetados. O trabalho deve ser feito de forma coordenada entre os
serviços de vigilância sanitária localizados nos aeroportos e portos e os
hospitais de referência no tratamento de doenças infecto contagiosas para onde
seriam levados os casos suspeitos. Cada estado deve ter um hospital com este
perfil onde existam leitos para isolamento. Esses leitos ficam em quartos onde
o ar é filtrado e purificado. Todos estes hospitais, bem como o pessoal que
atende e transporta os viajantes que necessitam remoção, dispõem de
equipamentos de proteção individual que consta de avental impermeável, macacão,
bota impermeável, óculos, máscara e viseira para proteção do rosto e dois pares
de luvas.
A extrema pobreza, o saneamento básico muito precário, a
acentuada precariedade de profissionais de saúde, bem como aspectos culturais destes
países têm grande influencia na expansão e na letalidade da doença.
Uma vacina já está sendo elaborada e em fase de testes.
Acredita-se que possa estar disponível no final de 2015.
Assinar:
Postagens (Atom)